Pesquisa recente realizada pela Universidade da Califórnia com 11 mil pessoas, na faixa etária de 40 anos anos, revelou que a incidência de glaucoma era significativamente menor entre os mais ativos fisicamente. Nos últimos anos, os estudos científicos têm contribuído para identificar inúmeros fatores de risco para o Glaucoma como a apnéia do sono, obesidade, carências vitamínicas e alterações da pressão arterial e do sistema nervoso central.
A pesquisa revela ainda que os que praticam atividade física moderadas e intensas por pelo menos dez minutos na semana têm 25% de chances de evitar o desenvolvimento da doença. De acordo com o especialista em Glaucoma da Oftalmed, Marcos Ferraz, atividades aeróbicas ou de força física propiciam a liberação de substâncias que regulam a pressão intraocular e a pressão arterial, considerada um dos fatores de risco para desenvolvimento da doença.
“Em contrapartida, pacientes que, por ventura tiverem predisposição ao aumento da pressão do olho, devem evitar atividades que exijam esforço na posição deitada pronada ou invertida, como a ioga, levantamento de peso e outros”, aconselha o especialista.
Ferraz explica ainda que a pressão intraocular é geneticamente determinada, geralmente aumenta com a idade e é mais baixa naqueles indivíduos que possuem hábitos saudáveis, praticam exercícios físicos e fazem consumo regular e moderado de bebidas alcoólicas. Outros fatores externos podem influenciar no desenvolvimento do glaucoma como problemas de saúde, traumas, e o uso de diversos medicamentos orais ou tópicos (corticoides, antidepressivos, ansiolíticos e anti-psicóticos).
Glaucoma – Doença que atinge até 1 milhão de brasileiros, não tem cura e é uma das principais causas de cegueira no mundo. Por ser uma doença que não apresenta sintomas, a melhor forma de prevenir o glaucoma é a realização de avaliações oftalmológicas periódicas.
Os idosos são os mais acometidos. Aqueles que têm história de glaucoma na família, pressão ocular elevada, diabetes e Hipertensão arterial, são afrodescendentes ou de origem asiática, usuários de corticoide, e portadores de alta miopia ou hipermetropia elevadas devem ter cuidado redobrado e cuidar da manutenção de sua saúde ocular.